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EM PLENA SEXTA FEIRA: Médica dar triste comunicado sobre Bolsonaro, ele n… Ver mais

Na manhã da última quarta-feira (2), uma movimentação incomum no Hospital DF Star, em Brasília, chamou a atenção. Carros com vidros escuros, segurança reforçada e clima de tensão: o ex-presidente Jair Bolsonaro havia sido internado às pressas para realizar exames médicos. A suspeita? Uma crise de saúde súbita que surpreendeu até seus aliados mais próximos.

Fontes próximas ao político relataram que Bolsonaro foi acometido por episódios de vômito e soluços persistentes, sintomas que se intensificaram nas últimas 24 horas e o levaram a buscar ajuda médica imediata. O ex-presidente, conhecido por minimizar suas próprias questões de saúde durante o mandato, desta vez não conseguiu esconder o mal-estar evidente.

Logo após a internação, os rumores tomaram conta das redes sociais: estaria Bolsonaro enfrentando uma nova complicação grave em decorrência da facada sofrida em 2018? Ou seria o agravamento de algum distúrbio digestivo silencioso? A resposta veio poucas horas depois, por meio de um boletim médico divulgado pelo hospital.

“O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi submetido a uma endoscopia digestiva alta. O exame revelou a presença de intensa esofagite com processo inflamatório, erosões da mucosa esofágica e gastrite moderada”, informou o comunicado oficial da equipe médica do DF Star.

Mas o que, de fato, significa esse diagnóstico?

A reportagem da CARAS Brasil consultou a médica generalista Giovana G. De Paula, da Santa Casa de Misericórdia de Chavantes (SP), que explicou, em detalhes, os termos usados no laudo. E o cenário, segundo ela, merece atenção.

— A esofagite intensa é uma inflamação do esôfago geralmente causada por refluxo ácido prolongado, uso de substâncias irritantes como álcool, certos medicamentos ou alimentos ácidos — explicou a médica. — Isso pode provocar dor aguda ao engolir, sensação de queimação no peito, e em casos mais severos, até dificuldade para se alimentar.

As erosões na mucosa esofágica, outro achado descrito no exame, representam uma etapa mais avançada do problema: trata-se de pequenas feridas no revestimento interno do esôfago, sinal de que o tecido está sendo lesionado de maneira contínua — um indício de que o problema pode estar se arrastando silenciosamente há semanas, talvez meses.

A gastrite moderada, que também foi identificada, completa o quadro preocupante. Segundo a Dra. Giovana, trata-se de uma inflamação do estômago que costuma provocar dor na parte superior do abdômen, azia e até náuseas recorrentes.

— Em casos mais graves, pode haver sangramento discreto, o que é sempre um alerta vermelho, principalmente em pacientes com histórico de problemas intestinais — afirmou ela.

O mais intrigante é o contexto em que essa nova crise de saúde acontece. Após deixar o poder em 2022, Bolsonaro tem vivido sob o escrutínio público, lidando com múltiplas investigações, desgaste político e um estilo de vida que parece cada vez mais instável. Há quem diga que o ex-presidente não tem conseguido manter uma rotina regular de alimentação e descanso — dois fatores diretamente ligados ao agravamento de condições gastrointestinais como essas.

O corpo fala — e agora grita.

Especialistas consultados pela reportagem apontam que a combinação de estresse, alimentação irregular e uso contínuo de medicamentos pode estar por trás do quadro clínico do ex-presidente. E o que começou como uma simples crise de refluxo, aparentemente evoluiu para um problema sistêmico.

Enquanto isso, aliados se dividem entre minimizar a situação e demonstrar preocupação genuína. Um assessor próximo, sob condição de anonimato, relatou que Bolsonaro já vinha apresentando sinais de mal-estar em compromissos recentes, mas evitava consultas médicas por receio de gerar especulações públicas.

A internação desta quarta-feira, no entanto, muda o cenário. Com exames revelando lesões e inflamações em áreas delicadas do sistema digestivo, a recomendação médica é de tratamento rigoroso, repouso e reavaliação nos próximos dias. Não se sabe ainda se Bolsonaro terá condições de retomar sua agenda política nos próximos eventos, tampouco se o problema terá consequências duradouras.

O silêncio do ex-presidente também levanta suspeitas. Até o fechamento desta matéria, Bolsonaro não havia se pronunciado nas redes sociais — um comportamento incomum para quem, nos últimos anos, usava seus perfis com frequência quase diária.

Fica a dúvida: estamos diante de um contratempo passageiro ou de um sinal mais grave sobre o futuro de Jair Bolsonaro? A resposta pode estar sendo escrita agora — não nas palavras, mas nos bastidores silenciosos de um quarto hospitalar em Brasília.

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